Eduardo Maya, idealizador do concurso gastronômico Comida di Buteco, compartilhou com entusiasmo sua trajetória como pesquisador e promotor da cultura dos botecos brasileiros. Conhecido como um verdadeiro “caçador de botecos”, Maya explicou que sua missão é valorizar os bares tradicionais e suas receitas autênticas, muitas vezes passadas de geração em geração. Ele contou que visita mais de mil botecos por ano, sempre em busca de pratos originais, histórias curiosas e personagens típicos que fazem parte do universo boêmio nacional. A entrevista teve um tom descontraído e saboroso, com Jô Soares demonstrando grande interesse pela proposta do concurso e pelas aventuras gastronômicas de seu convidado.
Durante a conversa, Eduardo Maya detalhou o funcionamento do Comida di Buteco, que começou em Belo Horizonte e se expandiu para diversas cidades brasileiras. Ele explicou que o concurso não avalia apenas a comida, mas também aspectos como atendimento, higiene e ambiente, promovendo uma experiência completa de valorização da cultura popular. Maya destacou que o evento tem um papel social importante, ajudando pequenos estabelecimentos a ganharem visibilidade e a melhorarem sua estrutura. Ele também compartilhou histórias divertidas de suas visitas aos botecos, revelando pratos inusitados e situações curiosas que viveu ao longo dos anos. Jô, com seu humor característico, interagiu com Maya de forma leve e bem-humorada, criando um clima de cumplicidade e celebração da gastronomia brasileira.
A entrevista foi uma verdadeira ode aos sabores e à tradição dos botecos, com Eduardo Maya defendendo a importância de preservar esses espaços como centros de convivência e identidade cultural. Ele falou sobre sua paixão pela culinária simples e afetiva, e sobre como o concurso busca resgatar receitas esquecidas e valorizar o talento dos cozinheiros anônimos. A conversa com Jô Soares reforçou o papel do Comida di Buteco como um movimento de resistência cultural, que transforma pratos típicos em patrimônio afetivo e promove o encontro entre pessoas através da comida. Maya deixou claro que, para ele, comer em boteco é mais do que uma refeição — é uma experiência de vida.


